Re-evolucionários.

Almejo ser literário, artístico, artista. Porém, geralmente, acabo me deixando levar elas descrições e narrativas quase que jornalísticas, criando manchetes e contando fatos. Quero fazer arte, esconder nas entrelinhas tudo o que eu quero te contar sobre o que não é tão óbvio assim. Ou é, pra você.

Veja só o que estás me forçando a fazer: poetizar a guerra, a revolução, os gritos rasgados de liberdade. – É tão mais simples se pensar como uma notícia. – Notícia essa que eu quero que você veja, mas não quero que a leia.

Imaginemos.

São tempos difíceis esses de revolução. Re evolucionar requer paixão pelo incerto, que, por sua vez, atormenta muitos corações. Lutam os amantes e também os sonhadores: Românticos. Estão eles nas ruas, nas praças, cantando em coro, dançando nos mesmos passos. – Perceba a dificuldade de eu terminar um pensamento antes que esse não seja engolido por outro. É assim que eu escrevo quando estou apaixonado. – Continuemos... – Os românticos, não esses que mandam flores e fazem serenatas, mas os outros, os essencialmente românticos, são revolucionários, e disso eu tenho certeza.

Eu digo:

Eu te amo por você querer mudar. Eu te amo por você não querer ver o outro chorar, ou sofrer, ou sentir fome. Por você não aceitar o mesmo erro todos os dias. Por você não saber sobre a verdade, mas não deixar que façam dela a mentira que será contada amanhã. Por isso eu te amo.