Rollercoaster

Minha vida, essencialmente, é feita de entregas. Se não (me) entrego, não vivo. Levar uma vida assim implica inúmeras respostas além de sorrisos e choros, e que me colocam numa montanha russa.

Há pouco tempo iniciei um desafio: tentar ser o mais verdadeiro comigo mesmo possível. Me despir de falsos preconceitos, de juízos de valor que pra nada servem, mostrar minha face e todas as cicatrizes que ela tem; sem maquiagem. - Ser verdadeiro comigo mesmo me levou, automaticamente, a ser verdadeiro com as pessoas, com o mundo à minha volta, e isso fez com que a montanha russa ficasse cada vez mais perigosa. Perigo? É um perigo falar a verdade?

A verdade e a entrega se misturaram num processo lento, gradual; e eu entrego a verdade e a verdade me entrega. Mas é tão confuso pra mim saber o que é verdade e o que é mentira em vários momentos, porque tudo é tão mutável, metamorfósico, que não chega a ser absurdo se olhar no espelho e duvidar de si mesmo.

Enfim, esses desafios aos quais me propus me trouxeram perdas; várias delas, e quanto mais eu vou perdendo, mais próximo de mim me sinto, mais frio, mais calor, mais vento, mais chuva. Admito, amigos: Sou um perdedor profissional.